30.4.12

I'm done

Daí que eu cansei. Cansei de viver em negação, cansei de fingir que não me importo, cansei de lutar contra isso. Neste momento, estou aqui admitindo que ainda não fui capaz de abrir mão do que resta aqui dentro por você, por razões que desconheço, mas que gostaria de entendê-las para poder enfim seguir meu caminho. Procuro as palavras para tentar descrever o vazio que ficou depois da sua partida e, por mais clichê que isso soe, não sou capaz de encontrá-las. Só posso dizer que doeu. Ainda dói. Entretanto, não vou mais ignorar essa dor, como se não latejasse bem lá no fundo. Até consigo disfarçar muito bem durante o dia, esquecer por algumas horas a sua existência, ou melhor, a sua ausência, usar como analgésico o corre-corre do dia a dia. Mas é no instante que ponho a cabeça no travesseiro que o tormento começa. Memórias iniciam um loop sem parada e mandam Morfeu para bem longe de mim. 

Sabe que sempre vou direto ao ponto, não consigo falar com rodeios. Pois bem. Preciso que me responda algo, por favor. Porque você é tão egoísta?! Sabe que não tenho força suficiente para te afastar de vez sozinha, então continua alimentando essa criatura que vive dentro do meu peito, criaturazinha que você gerou. Li em algum lugar que a maior covardia que se pode cometer é despertar o amor de uma pessoa sem ter a intenção de amá-la, nesse caso, continuar o alimentando. Seu ego é tão grande que precisa de mim na reserva ou isso é insegurança mesmo? Sua insensibilidade é tanta que não consegue se colocar no lugar da pessoa que até alguns dias atrás dizia que amava?

Vou viver minha dor, como deve ser vivida e sentida. Sentar com ela, ter longas conversas, deixá-la extravasar o choro e, só então, depois que ela tiver seguido outro rumo, vou seguir o meu. Espero que tenha a decência de me deixar em paz. Como já disse, cansei. Cansei de te ver brincar com minhas emoções por pura vaidade. Cansei de ser seu brinquedo torto.
27.4.12

a volta da que não foi

Voltei. Não sei se para ficar, mas como esse lugar aqui é meu mesmo, resolvi fazer uso dele. E como toda casa que fica por muito tempo desabitada, uma faxina geral vem bem a calhar. No nosso caso, uma reforma né? E até que gostei do resultado final, ficou simples e discreto, bem minha cara mesmo. 

Esse tempo de silêncio foi motivado por vários fatores. Juntou universidade e... Corrigindo, esse tempo de silêncio foi motivado por um fator: a engenharia. Pode parecer exagero, desculpa de preguiçoso, falta de criatividade para escrever (pode até ser) ou whatever. Mas só quem está dentro do submundo de exatas sabe do que estou falando. Ainda escrevo sobre a sensação de viver nesse universo paralelo, quem sabe em breve. E essa questão me remete a outra, minha volta trará muitos desabafos e divagações envolvendo o meio acadêmico. Até porque não sei escrever sobre algo que não tive vivência, contato ou algum conhecimento, e como frequento aquele recinto pela manhã, tarde e noite - sim, tenho aula nos três horários - fica meio complicado escrever sobre o último capítulo da novela das nove (alguém ainda assiste isso?).

Daí que voltei por me pegar várias vezes viajando na maionese e, de repente, percebendo que essas maluquices poderiam render um post bacana. Além disso, escrever tem um certo efeito terapêutico sobre minha pessoa, então o que vier pra ajudar a aliviar o estresse nesse momento estou aderindo.