12.1.11

The life...

Estava organizando meus arquivos antes das aulas começarem e encontrei esse texto. Então, resolvi compartilhar com vocês...

Sempre gostei de esportes, assistindo ou praticando. Desde pirralha jogava bola no meio da rua com meus amigos, disputava "corrida" de bicicleta, adorava brincar de toca-toca... enfim, sempre adorei movimentar meu corpo. Aos 8 anos mainha me matriculou na natação. Lá fizemos muitos amigos, digo nós porque mainha ia comigo pra os treinos, assim como também as mães das outras crianças. Enquanto nadávamos, elas ficavam entre altas conversas esperando a aula terminar, isso duas vezes por semana. Assim, nasceu uma amizade verdadeira não só entre nós (os pirralhos) como, também, entre nossas mães. Éramos como uma família, creio que nossa "turma" era formada por cinco mães mais as crianças, que contavam oito ao todo. A cada ano elas faziam questão de realizar amigo secreto e confraternização entre a gente.

E assim foi até os pirralhos crescerem e não mais precisarem dos cuidados maternos para ir ao treino, mas a amizade continuou. Apesar de não se verem com tanta frequência, nossas mães se falam até hoje por telefone ou marcam algum programa entre elas. E foi em um desses telefonemas que recebemos a notícia do falecimento de um dos pirralhos, há umas três semanas atrás. Ele se envolveu em acidente de trânsito, em que não teve culpa alguma.

Não conversei com ninguém a respeito, mas a morte dele mexeu muito comigo. Desde então, tenho refletido como vivo a vida com a qual fui presenteada. Quando acordei essa manhã, recebi uma outra notícia parecida: um familiar de uma amiga havia falecido noite passada.

Algumas questões têm povoado meus pensamentos nesses últimos dias. "O que tenho feito com minha vida?" "Tenho tentado ser alguém melhor?" "Será que realmente tenho feito a diferença de algum forma?" Sem toda essa questão de religiosidade e/ou falso moralismo. Falando sério mesmo. Porque acredito naquilo de que nós colhemos o que plantamos.

Pode ter soado como insegurança, um clichê barato ou whatever. Mas fala sério, você nunca parou para se questionar assim? Seja franco e concorde comigo que, na maior parte do tempo, vivemos como se fossemos imortais ou que haverá um tempinho extra para corrigirmos aquilo que sabemos que está fora do lugar em nossas vidas ou que poderíamos fazer a mais, mas que sempre deixamos para amanhã, e depois, e depois, e depois...

Temos vivido como se cada dia fosse um presente divino que merece ser bem cuidado? Temos vivido como se o dia de amanhã possa não acontecer? Valorizamos os momentos e as pessoas que realmente importam? 

É... aquela parada de viver um dia de cada vez e valorizá-lo como se fosse o último, não tem se aplicado muito a nossas vidas não. E, por favor, entenda que quando digo para aproveitar seu dia ao máximo, não tô dizendo para viver temeroso pensando que pode vir a morrer no momento seguinte, muito pelo contrário. A ideia é que vivamos plenamente, sem amarras, sem medos... desfrutando da dádiva do presente, esquecendo o passado e não estando ansiosos pelo futuro.

Bem, essa é a essência das questões com as quais tenho convivido.Talvez o texto não tenho feito sentido, mas quem disse que teria? E principalmente saindo dessa cabecinha aqui...

Escrito durante uma madrugada qualquer do mês de novembro do ano passado.


2 comentários:

Jessica,
lindo texto, por aqui procuro sempre viver a vida como se esse fosse o "meu último dia". Parece fatalista, mas se dermos o máximo em tudo, pouco vamos pensar que perdemos! Aparece por lá tb, estarei sempre por aqui.
Humoremconto
http://anaceciliaromeu.blogspot.com
Nossa que texto lindo Jessica! Faz todo um sentido realmente! A vida é uma eterna explosão de emoções que nos fazem pensar que somos imortais... Mas não somos!

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